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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Responsabilidade corporativa no setor de turismo brasileiro: ações mais e menos comuns

Fruto de um esforço internacional de pesquisa, empreendido pelo ICRT - International Centre for Responsible Tourism - trazemos os primeiros resultados da maior pesquisa sobre responsabilidade socioambiental de empresas de turismo já realizada no Brasil. Este projeto compreende empresas de turismo em 14 países e terá resultados extremamente ricos. No Brasil eu fui a responsável pela execução da pesquisa, que foi construída em parceria com professores do Reino Unido e da Espanha.

Neste trabalho a responsabilidade corporativa foi entendida como a contribuição voluntária de uma empresa para a melhoria do meio ambiente, da sociedade e da economia (Blowfield & Murray, 2008), ou seja, está ancorada no tripé da sustentabilidade.

O método contemplou coleta de dados por meio de um survey via internet. Para isso, tivemos apoio do Mtur. Assim, obtivemos 1.350 respostas de empresas de alojamento, viagens, alimentação e transporte turístico em todo o Brasil. Para o tratamento dos dados, utilizamos estatística descritiva, testes de comparação de médias e análise de clusters.

As primeiras impressões sobre as ações de responsabilidade mais recorrentes no Brasil foram apresentadas no evento de Turismo Responsável realizado no CET UnB em abril. A discussão das razões que levam as empresas a tomarem tais atitudes foi levada para o INVTUR 2014. O artigo completo foi enviado em maio de 2013 para um periódico científico renomado no Brasil e aguarda a decisão editorial. Então, por enquanto, darei apenas alguns insights da pesquisa (para manter seu ineditismo, que é uma exigência de boas revistas científicas):

• PERSPECTIVA AMBIENTAL: medidas ambientais são mais frequentemente implementadas, entre elas: economia de energia ou água. Existe pouca reciclagem (líquidos), pouco uso de fontes alternativas de energia

• PERSPECTIVA SOCIAL: ações ligadas a preservação da cultura e do patrimônio locais foram indicadas por metade das empresas entrevistadas, bem como a adoção de ações para promoção da igualdade de gênero em suas atividades. Isso mostra um cenário muito positivo, em contraposição às ações menos implementadas. Entre as menos frequentes estão aquelas ligadas à acessibilidade e à existência de políticas inclusivas na contratação de funcionários com deficiências.

• PERSPECTIVA ECONÔMICA: cerca de 70% tem ações para contratação de pessoas que vivem onde a empresa está localizada e preferência por fornecedores locais. As ações menos adotadas são relativas a treinamento de seus funcionários. 

Várias são as discussões possíveis a partir destes primeiros dados.
Deixemos para uma próxima postagem. 

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