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terça-feira, 9 de abril de 2013

Classe(s) média(s) e turismo no Brasil


A partir do material de Javier Caletrío, o que posso adiantar são algumas das reflexões que tive ao ler o artigo e que acabo de compartilhar com o autor, interessado em saber como aqueles resultados poderiam ser interpretados frente à realidade brasileira.

Primeiramente, falar em classe média no Brasil é um pouco diferente do que encontramos em seu trabalho . Afinal, aqui temos um país com um abismo de desigualdade e com um momento que se diz de "emergência" da classe média. Portanto, a classe média que aparece no locus de pesquisa do autor, essencialmente inglesa, difere bastante do que seria a nossa classe média em termos educacionais (lá grande parte cursava ou já tinha nível superior), de poder de consumo (eles detêm libras, uma moeda mais forte que o euro e, consequentemente, que o real), de experiências prévias de viagens internacionais, e de potencial de comunicação no exterior (já que eles falam inglês e, provavelmente, isso lhes dê um pouco mais de comodidade na comunicação básica em viagens ao exterior).

É interessante contrapor seus resultados frente aos dados apresentados pela reportagem da BBC Brasil, que revela uma tensão nos espaços turísticos entre o que está sendo chamado de "velha" e "nova" classe média brasileira. Vale a pena conferir os números, que evidenciam aspectos de desconforto e resistência por parte daqueles que já usufruiam do mercado do turismo. Note que aqui dividimos a classe média em duas categorias, o que já é revelador da nossa estrutura social e da dinâmica econômica. 

Ademais, penso que devemos refletir - como possíveis avanços e desdobramentos da problemática que Javier me apresentou - sobre os padrões concretos que definem a classe média. Seria apenas renda, ou também ligado a outras questões socioculturais...Outro aspecto seria pensar se existe uma divisão dentro do que se chama de elite (especialmente buscando saber se celebridades e super-ricos-não-famosos fazem parte de diferentes grupos na interpretação da classe média). E, ainda, se a influência no consumo de turismo é similar ou diferente à influência causada em bens de consumo (shampoo, roupas, etc). Para terminar, valeria conferir a direcionalidade destas percepções: das classes mais "altas" em relação àquelas interpretadas como mais "baixas" e vice-versa.

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