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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Eco-polos de desenvolvimento na Amazônia e o turismo

O projeto Eco-Polos da Amazônia XXI foi apresentado a nosso grupo de pesquisa por Caroline Delelis, colaboradora do grupo e coordenadora de projetos do IPE. Este projeto, de cunho socioambiental, é desenvolvido na região do baixo Rio Negro, em sua margem direita, com 28 comunidades. As ações são financiadas pelo Fundo Vale. 

A esta altura, o projeto acaba de concluir sua primeira etapa, de mapeamentos dos potenciais produtos que serão trabalhados no decorrer do processo. Foi encontrada uma diversidade de produtos locais cultivados, coletados ou produzidos por eles. Ainda preocupam aos interventores o modo como as atividades produtivas estão se configurando dentro de uma realidade em que as  ações de assistência se tornaram a principal fonte de renda das pessoas. Este, aparentemente, é um grande desafio a ser enfrentado por projetos em diversas localidades do país, como constatamos na reunião com os pesquisadores do LETS, que já vivenciaram este desafio em outros contextos. 

Outras duas grandes etapas do projeto Eco-polos ainda serão implementadas: uma relativa ao estudo de viabilidade econômica dos produtos, acompanhada por outra de viabilidade socioambiental.  

Fica claro que o turismo não é uma das cadeias produtivas priorizadas para desenvolvimento, mas é visto como um modo de valorizar a produção do local e de viabilizar um novo canal de distribuição. Esta perspectiva parece extremamente plausível dentro desta realidade. 

Pudemos também ver uma ligação muito forte do eixo de turismo com o artesanato. As opiniões do grupo buscaram amplificar os potenciais de ganhos para a comunidade, ressaltando a necessidade de zelar pela viabilidade comercial dos produtos e o alcance do público, ao mesmo tempo em que se busca uma autovalorização por parte dos produtores. 

E aqui percebemos um exemplo bastante positivo de construção de um projeto de desenvolvimento, que mostra como é possível superar o que é, normalmente, um grande gargalo para qualquer projeto de desenvolvimento: falta de continuidade. O IPE tem ações contínuas na região há cerca de 10 anos, o que possibilita a construção de relações de longo prazo e com potencial de mudança efetiva. 

Além de termos a oportunidade de conhecermos mais sobre o projeto, que já havia sido nos apresentado há meses, no momento de captação dos recursos, tivemos a sorte de poder compartilhar nossas impressões e apresentar sugestões para os futuros desdobramentos das ações. Participar destas iniciativas mostram como a universidade e o terceiro setor podem trabalhar juntos, cada qual com sua vocação, construindo uma visão mais robusta e aplicada das mudanças que queremos ver no mundo. Agradeço ao IPE e à Caroline por esta grande chance. 

Para saber mais sobre os projetos desenvolvidos pelo IPE na mesma região, clique aqui.


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