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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Cooperação entre pequenas empresas de turismo: variáveis que afetam a propensão a cooperar


Esta semana tivemos a grata surpresa de ter um artigo publicado na Revista Turismo em Análise, da USP. O objetivo do artigo foi explorar variáveis possivelmente associadas à propensão a participar de ações de cooperação por parte de micro e pequenas empresas do turismo. 

Em parceria com o excelente estatístico pedro Albuquerque, foi feita uma análise dos dados obtidos em entrevistas junto a 209 MPE localizadas em três estados brasileiros (Ceará, Piauí e Maranhão), situadas na chamada Rota das Emoções. Valendo-se de uma abordagem quantitativa multivariada, aplicou-se um questionário estruturado, e foi empregada a técnica de regressão logística.

Foram selecionadas sete variáveis a partir da literatura: 
(1) atividade principal, 
(2) faturamento, 
(3) formalização do empreendimento, 
(4) localização, 
(5) consolidação da empresa, no que diz respeito a sua idade e número de funcionários, 
(6) qualificação e 
(7) participação em conflitos. 

O que se pretendia era saber se estas variáveis apresentavam influência sobre o comportamento de cooperar ou não destas empresas. Os efeitos apurados mostram que, na realidade investigada, as MPE que apresentam menos propensão a cooperar com outras empresas do turismo da cidade são as mais antigas e do setor de alimentação. Por outro lado, as empresas que mais tendem a cooperar são as formais e que participaram de cursos de qualificação. Não há indícios de que as demais variáveis analisadas tenham influência sobre a propensão a cooperar.
 
Os resultados deste estudo podem ter implicações teóricas no que diz respeito à compreensão de variáveis que ajudam a compreender maior ou menor propensão para que empresas de turismo cooperem. Além disso, pode ter implicações práticas, especialmente no desenho de programas de fomento à cooperação, por meio de 3 resultados:

1. As empresas apresentam diferentes propensões a cooperar. Ou seja, nem todas as empresas de uma localidade ou um roteiro irão aderir aos projetos de fomento à cooperação. E isso não significa insucesso da proposta. 
2. Possivelmente irão aderir aquelas que tenham mais relação com o setor de turismo, no que diz respeito a sua atividade principal, bem como aquelas que já apresentam histórico de participação em outras ações (no caso, de qualificação).
3. As empresas envolvidas em conflitos com outros atores sociais do turismo na localidade não apresentam menos propensão à cooperar do que as que não apresentam. Ou seja, as empresas que tenham algum conflito não podem ser vistas como organizações avessas à cooperação ou como um empecilho para que ela ocorra. 

Deve-se ter o cuidado de perceber que as características identificadas não preditoras ou prescritivas da (falta de) participação das empresas em ações cooperativas, nem tem a intenção de serem generalizáveis para outras realidades. Mas, certamente, elas somam ao debate sobre a cooperação entre MPE de turismo. 

Veja o artigo completo aqui. O download é livre e gratuito.


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